Se a natureza tivesse seu próprio tribunal, as queixas por bullying seriam lideradas pelos insetos.
Estima-se que essas pequenas criaturas estejam no planeta há 300 milhões de anos. Apesar das conquistas adaptativas que garantiu a sobrevivência dos insetos até hoje, pouco eles fizeram pela publicidade da sua beleza e importância na Terra.
Enquanto o setor de marketing dos insetos dormia no ponto, o ser humano mal chegou à Terra e já condenou os bichinhos. Escaravelho do Diabo, praga bíblica dos gafanhotos e uma configuração que já vem de série na raça humana: o pavor das baratas.
Em tempos de execução dos vilões aedes aegypti com suas bagagens contaminadas por vírus, espécies trabalhadoras para a manutenção do equilíbrio ambiental são esquecidas.
As incansáveis larvas de Bombyx mori – conhecidas como bicho de seda – trabalham para os seres humanos há dois mil anos, desde quando os Chineses descobriram o poder dos seus casulos. As abelhas garantem a polinização das plantas além de fabricar mel há pelo menos 20 milhões de anos. Na turma da faxina terrestre, insetos auxiliam a degradação de plantas e animais.
A lista das habilidades dos pequenos seres é de fazer inveja em vários currículos humanos. Entre tantos talentos, apenas as borboletas conquistaram os humanos ocupando o posto de inspiração artística.
Para combater tal injustiça, o fotógrafo francês Pascal Goet registrou por 20 anos as mais belas espécies de insetos com uma proximidade incomum para os nossos olhos. Inspirado em desfazer a nossa sensação de repulsa pelos insetos, Goet capturou em detalhes a particularidade de cada animal.
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Quando vistos de pertinho, eles se assemelham a formas inusitadas: máscaras africanas, monstros de video-game, dançarina coberta de purpurina e onde mais a sua imaginação puder levá-lo.
A Wired contou mais detalhes sobre o trabalho do artista. Clique aqui e leia mais! (Em inglês)